Estamos todos suspensos numa mola de ar
Que o vento leva e traz
E a acalmia estanca
A terra emana o seu odor de cio
- O húmus que se altera em desafio.
Os rios em pranto
Sulcam montanhas
E no vale se aplacam
Onde a terra os abraça.
Suspensos
Numa mola de ar
Vemo-nos em gestos e rostos corrompidos
Reflexos de água pura
Nesse ventre
Outros seres procriam.
Raquel C.
20/10/10