A Morte é o mais amplo de todos os mistérios.
Em primeiro a agonia da impossibilidade de comunicar.
Depois o folhear de recordações.
Por último, alojamos os nossos entes queridos num mesmo lugar (do nosso afecto) de onde nos vêem e ouvem, e para eles, de tempos a tempos, agimos e mostramos com carinho aquilo que gostaríamos que eles soubessem de nós. Pensamos: “isto é para ti”, crentes de que eles ficarão felizes.
E nessa vivência do mundo dos nossos mortos, cada vez mais povoado, vamo-nos acostumando à sua proximidade.
14/10/2010
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