Arrastam as sombras pelos muros da cidade
Já desfeitos
O pó
Passos espezinhados
Vaivém
Ruído
Descascados da espera
Interesses corrompidos
Os muros da cidade estão despidos
Castigados
Rasgados de verdades retraídas
São muros de palácios de tascas de jardins
Todos oblíquos
Paisagens cubistas em manhãs de penumbra
São as ruas que descem ao rio
Sequiosas de luz
Mas o rio é uma silhueta cerrada
Calabouço
A violência por detrás das sombras
A noite de capote avança
A noite de capote avança
E tu sabes
Não te escondes, gritas, resvalas
Com as entranhas diluídas nos escoadouros
Até ao último grito
Até ao último som
O eco da última palavra.
1/06/2010
Rk
2 comentários:
Belas imagens... Lindos textos.
Encontrei-o no site de Teresa Salgueiro. Gostei daqui.
Parabéns!
Aproveito para deixar-te o endereço do meu.
A Non Domino: http://papilioinnocentia1.blogspot.com/
Visite-me quando puder!
Abraços!
Muito obrigada Karoline! Irei ver, com certeza. Um abraço!
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