I
Estamos aqui por uma questão de minutos
Em segundos dormentes
Entre o sol nascente e o ocaso
Perene
Apartados da história e da memória
Subterrâneos
Pendentes de um acaso.
Servos clandestinos de um deus inconstante
Os segundos caem irrecuperáveis
Em algarismos
Corremos a passos electrónicos
Pelas veias viciadas das cidades
Rumos centrifugados
Mastigados, indigestos
Ascendemos, sim
Pelas escadas rolantes da estação de Metro
Subterrâneos, opacos
Electrónicos, mecânicos, sós.
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