quarta-feira, 3 de março de 2010

«E [Julião] falou então com amargura nas suas preocupações. –
Havia uma semana que se abrira concurso para uma cadeira de substituto na Escola, e preparava-se para ele. (...) Mas a certeza da sua superioridade não o tranquilizava – porque enfim em Portugal, não é verdade?, nestas questões a ciência, o estudo, o talento são uma história, o principal são os padrinhos! Ele não os tinha – e o seu concorrente, um sensaborão, era sobrinho de um director-geral, tinha parentes na câmara, era um colosso!»

O Primo Bazílio de Eça de Queiroz, 23ª Ed., Edição «Livros do Brasil», Lisboa, pp. 193, 194.