quarta-feira, 15 de abril de 2015

No tempo de um café

No tempo de um café,
a tempestade.

A cor desta cidade
quando chove
não é a do brilho da chuva
mas do tempo
que tolhe.
Pranto, ódio, irritação
Trrrrransito…
Berra a escuridão
E o brilho da chuva
derramada
Cidade mortificada
turva
Em lama pelo chão.

O instante abreviado de um café… 
morno.


Lisboa, 15 de Abril de 2015