sexta-feira, 6 de maio de 2016

O meu texto para a exposição da Sara Franco e do João Fonte Santa

na sombra do caos derr-ama a memória. armas de aço. armas a morte. ar, mas sufocar. arte. tu ar. toada. és tu. lindo o cartaz. estrelas ca-dentes d'enfeitar.d'enganar. de-rra-me no teu ventre sen-su-alizado suado nesta que-da sem fim. p'ra mim. derrama-me. ama-me assim. explo-de de explosão. com-some-te. some-te. fome.



quarta-feira, 4 de maio de 2016

Nós, portugueses,
herdeiros de barcos naufragados
colhemos do mar a morte, a vida e os poetas
o medo que nos tolhe
e a luz que nos liberta.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Fénix

É assim que nós, de cada vez que morre alguém que nos é querido, vamos perecendo aos poucos. Atónitos, ainda, diante da foice implacável...
Chegados ao estado das folhas do fim do Outono, um frágil rendilhado de nervuras, quase húmus, ali ficamos, indeléveis, no silêncio dos tempos.