quarta-feira, 6 de abril de 2011

POEMA INDIZÍVEL

Este é o poema indizível
Na garganta esgaçada
Da raiva contida
Da acção amarrada
Das ideias perdidas
Vozes censuradas
Das palavras escritas
Em folhas queimadas
Das cinzas esquecidas
Em alcatrão fervente
Da mão endurecida
Presa na corrente
Do ventre esgotado
Dos filhos perdidos
Do rosto cansado
De olhares aturdidos
Esforços desmentidos
Zelos mutilados
Vontade invisível
É tudo indizível.
Raquel
31 de Março de 2011

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