Dói-me o teu silêncio
Berra-me aos ouvidos
Atordoa
Vagueio pela cidade entre a multidão que passa
Como sombras
Ao fundo da cor
O brilho do rio
A bela paisagem eterna
Que o tempo vai compondo...
Um barco anuncia a partida
E todas as partidas se revelam
No som distante que rasga o espaço
A noite é uma recordação
A lua impõe-se antecipando
A hora-do-crepúsculo
Está enorme, bela
Silenciosa, só
Como quem sofre...
De repente o sabor a mar
No infinito cíclico das ondas
Estonteantes
O rio leva até ao mar
Todos os silêncios dos homens
Naufragados
Estas horas sabem a sal
Aqui debaixo do céu imenso
Pesa-me o compasso do silêncio
Pesa-me
Através do recorte geométrico
Da janela.
« - Bem sei que podem perseguir-me, arrancar-me os olhos, torcer-me as orelhas, transformar-me em lagarto, em morcego, em aranha, em lacrau! Mas juro que não hei-de ser infeliz PORQUE NÃO QUERO.» [Aventuras de João Sem Medo - Panfleto Mágico em forma de Romance, José Gomes Ferreira] «Fica a saber claramente:não trocaria a minha desgraça pela tua servidão.» [Fala de Prometeu, em Prometeu Agrilhoado, Ésquilo]
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segunda-feira, 17 de novembro de 2008
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