segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Antes de partires
Avisa-me
Para que não me despeça.
Quero ser a primeira ausente
da ausência eterna.
Deixa que a tua presença se confunda
Nos derradeiros passos que hei-de dar.
Que as sombras se cruzem
Na noite de luar
Em que procuras o apelo vão
Do ruidoso silêncio da ausência.
São roucas as últimas palavras
Já são ecos
Desfazem-se os caminhos dispersos
E numa brincadeira só
Avisa-me
Para que não me despeça.

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