O teu silêncio
Esse leito de brasas onde arquejas
Na solidão
O vulto com que te ausentas
Em passos líquidos
Escorre pelos muros
De musgo o orvalho da manhã
O caminho é cerrado
Até ti
De floresta e bruma
Fragmentada
A noite ecoa
No silêncio do teu
Clamar
O gesto transparente
Da aurora
Acena
Um adeus caído entre gotas
Mornas
Da chuva replica
O odor esmaecido
Onde te lembro
E a Primavera em chama
Como se um adeus
Fosse
Somente despedida.
Raquel Coelho
21/03/2018
Sem comentários:
Enviar um comentário